BLOG DESTINADO A TODOS QUE APRECIAM UM BOM VINHO E GASTRONOMIA. AQUI COMPARTILHO MINHAS OPINIÕES SOBRE RESTAURANTES, EM ESPECIAL, OS RESTAURANTES DE FORTALEZA, E MINHAS IMPRESSÕES SOBRE VINHOS E ASSUNTOS RELACIONADOS.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Chile: conhecendo a Viña Ventisquero

Os melhores vinhos

Qualquer que seja o roteiro de um turista, conhecer as vinículas chilenas é um passeio interessante. São mais de 110 mil hectares de vinhedos, incluído o centro, onde fica o Vale do Maipo, que é a mais tradicional região vinícola do país, especialmente conhecida pela qualidade dos tintos produzidos com a Cabernet Sauvignon. Próxima a Santiago se encontram as bodegas Concha y Toro, Santa Rita, Carmen, Barão de Rotschild, De Martino, Tarapacá, Undurraga e Tres Palacios entre as mais importantes, além da jovem Ventisquero, que tem uma curiosa história.

Ela é apenas um dos ramos de poderosa holding chamada Agrosuper, que comercializa carne, frango, porco, peru, frutas, embutidos, além de vinho. Criada em 1998 por Gonzalo Vial, a vinícola tem hoje 1.500 hectares de vinhedos em diferentes regiões como os vales de Casablanca, do Maipo, de Rapel, de Colchagua e de Apalta. O nome Ventisquero deriva de um glaciar, massa de gelo que se concentra nas montanhas.

Uma das características da vinícola é a preocupação com o meio ambiente, desde o plantio, que obedece à agricultura orgânica, até a redução de emissões de CO2 nos transportes de seus vinhos. Outra é a alta tecnologia que permite à equipe de enólogos acompanhar todo o processo do vinho. "Até algum tempo atrás, o enólogo ficava no laboratório da vinícola, mas a partir de 1990 começou a percorrer os vinhedos, onde verifica as plantas, uma por uma", revela Felipe Tosso, o competente enólogo da empresa. Outro fator que concorre para a qualidade dos vinhos é a disponibilidade de recursos. Só um açude construído no meio dos vinhedos para captar a água dos Andes custou dois milhões e meio de dólares.

Pioneiras

Trazidos ao Brasil pela Cantu Importadora, desde 2004, os vinhos da Ventisquero comportam diversas linhas: Reserva, Gran Reserva e Ultra Premium, cujo top é o Pangea feito de uvas Sirah cultivadas no terroir Apalta, que fica no vale de Colchagua, onde há mais de trinta vinícolas, entre elas Casa Silva, Santa Helena, Cono Sur, Emiliana, Viu Manent, Casa Lapostolle (franco-chilena, cujo enólogo responsável é o renomado Michel Rolland), Caliterra, Errázuriz, Los Vascos e Araucano, além da Viña Montes, que foi uma das pioneiras na produção de vinhos de alta qualidade, quase duas décadas atrás.

Conhecido no mundo inteiro, o Montes Alpha "M" é um dos grandes ícones da vinícola, que resultou do sonho de quatro amigos: Aurélio Montes, Douglas Murray, Alfredo Vidaurre e Pedro Grand. Quase toda a produção - 95% - é exportada para mais de 90 países, inclusive o Brasil, sendo que os Estados Unidos consomem 25% das exportações. O símbolo da empresa é um anjo, cujo desenho ilustra o rótulo de todos os vinhos, criados pelo enólogo Aurélio Montes. Além dos anjos, um clima celestial envolve a adega, onde repousam os ultra premium, que é mantida permanentemente à temperatura de 18º C ao som de canto gregoriano e decoração baseada na técnica feng shui.


Se alguém quiser fazer uma lista dos melhores vinhos chilenos, pode começar com os citados aqui, como Almaviva, Seña, Pangea, "M" (Montes Alpha) e acrescentar Domus Áurea (Viña Quebrada de Macul), Clos Apalta (Casa Lapostolle), Alka (Hacienda Araucano), Altaïr e Sideral (Altaïr) e outros. Todos eles são encontrados no Brasil, porque, se há uma coisa que nos difere nessa matéria, é a variedade de vinhos disponíveis. Em nenhum país do mundo, o turista terá carta tão diversificada quanto nos restaurantes brasileiro.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Pablo Morandé foi o pioneiro.

Morandé e Casablanca

É impossível falar de Casablanca sem mencionar Pablo Morandé. Foi ele que em 1982 descobriu a região para os vinhos. Sempre quando estiveres à frente de um ícone como o Don Melchor ou diante de um dos fantásticos brancos ou Pinot Noir da região de Casablanca, renda uma homenagem a este homem.


Ele esteve atrás deste grande vinho chileno, Don Melchor e foi o pioneiro na plantação de vinhas no vale da Casablanca e Leyda, hoje tão famosos por aí com seus brancos e tintos de classe mundial.

É fácil ver hoje esta região a meio termo entre Santiago e a turística Valparaíso repleta de vinhedos, mas sabe-se que a vida de pioneiro não é fácil. A poderosa Concha Y Toro tendo como foco a melhoria nos seus brancos, queria outra região que não a do Vale del Maipo. Encomendou ao seu enólogo maior na época, Pablo Morandé, esta missão. Assim surgiu para o mundo o vale da Casablanca. Com investimento pesado, e risco de não dar certo.

Em 1986 Morandé lançou seus primeiros vinhos com uvas de Casablanca. No início dos 1990 havia apenas 100 hectares de vinhedos nesta região, no ano de 2000 já eram 3.500 hectares. Hoje este número chega a 4.100 hectares e só não é maior pela dificuldade de se conseguir água na região.

O terroir de Casablanca.

Casablanca, que fica a apenas 70km de Santiago, possui um terroir único. O que determina a característica de cada vinhedo de Casablanca é sua posição em relação ao oceano Pacífico, que está a cerca de 20 quilômetros a oeste, e a influência da fria corrente de Humbolt, que baixa a temperatura na região e causa uma neblina que cobre os vinhedos pela manhã. Casablanca tem uma particularidade: está perto o suficiente do mar para sofrer sua influência, mas não o suficiente para deixar de ter amplitude térmica diária típica de climas continentais, que pode chegar a 20ºC. Assim, a região não tem noites moderadas típicas dos vinhedos próximos ao mar, o que é bom para as uvas, mas que pode provocar o congelamento dos cachos nas noites mais frias.

Casablanca é uma planície cercada de colinas, sem nenhum rio importante. A água é escassa e os vinhedos são sempre irrigados, com água fornecida por poços ou vinda por tubulações, que podem percorrer quilômetros. Os solos em geral são de argila e areia com subsolo granítico. O clima é temperado, chegando a 25ºC no verão, com cerca de 500 milímetros anuais de chuvas (concentradas de maio a outubro). O ciclo da vinha em Casablanca é longo, com cerca de 150 dias entre floração e colheita, correspondente ao período mais seco, entre novembro a abril. As raízes das vinhas penetram de dois a três metros no solo, dando boa mineralidade aos vinhos.

As Castas.

A região é dominada pelas castas brancas, que correspondem a 75% da área plantada. Em Casablanca reina a Chardonnay, que ocupa mais de 1,8 mil hectares. Outras castas importantes na região são a Sauvignon Blanc (mil hectares), a Merlot (430 hectares) e a Pinot Noir (426 hectares). Esta última, apesar de ser apenas a quarta mais plantada, forma, junto com a Chardonnay, a dupla de uvas emblemáticas e famosas da região.

Tecnologia de Casablanca.

Para que se obtenha uma temperatura adequada na plantação, são utilizadas as "máquinas de vento", grandes ventiladores que ajudam a manter o ar frio em movimento nos vinhedos.  Esses enormes ventiladores são instalados na área plantada com amplitudes de ação calculadas entre eles, e acionados para dispersar a neblina entre as linhas de plantação no período de inverno.

sábado, 17 de abril de 2010

Voce já experimentou um bom Sauce Bernaise?

Eu sou um profundo adimirador do molho Sauce Bernaise, então vai uma explicação mais teriorica e explicativa sobre esse famoso molho.

Sauce Bernaise é um famoso molho francês que vai mudar para sempre seus conceitos de molho. Perfeita para acompanhar carnes vermelhas mal passadas, aspargos e até um filé de salmão, a Sauce Bernaise, quando bem feita, é inesquecível. Grosseiramente, poderia ser definida como uma maionese quente (só que muito mais gostosa, muito mais aveludada e muito, mas muito mais interessante mesmo) . E é exatamente aqui que começam os problemas (e os desafios).

O problema é que a Sauce Bernaise é uma improbabilidade física em si. Explico-me: mesmo o maior amador em cozinha sabe que suco de limão talha leite (e que manteiga é um derivado de leite). Também sabe que não se pode adicionar gemas cruas a ambientes aquecidos porque elas cozinham facilmente. Pois a Sauce Bernaise é justamente uma combinação de limão, gemas e manteiga, feita no fogo e misturadas à força!

Esse é um dos molhos mais difíceis de fazer. Só quem já se aventurou a prepará-lo conhece as armadilhas escondidas na operação. Pois, mesmo que o cozinheiro não tenha feito nada de errado, a iguaria pode desandar quando menos se espera. A arte de cozinhar, que não é senão provocar reações químicas entre substâncias, tem dessas coisas.

Para os aventureiros e curiosos, é mais ou menos assim que a brincadeira funciona:
Ingredientes
2 cebolas roxas, médias, picadas
1/2 copo de vinho branco seco
1/2 copo de vinagre de vinho branco
1 colher de sopa bem cheia de estragão
4 gemas
180 gramas de manteiga clarificada
sal e pimenta-branca a gosto
salsinha picada
gotas de limão

Modo de Preparo

1. Misturar a cebola com o vinho, o vinagre e o estragão numa panela de cobre e leva-se para ferver em fogo brando até que o líquido se reduza a um quarto da quantidade inicial. Coar.

2. Em banho-maria adicionar as gemas, ainda em fogo brando, batendo sem parar. Quando estiverem cozidas, isto é, misturadas ao líquido, com a consistência de um creme claro está na hora de juntar a manteiga.

3. Ainda em banho-maria escorrer a manteiga clarificada (receita abaixo) aos poucos (em fio) sobre a mistura das gemas com o líquido, sem parar de bater até se obter um creme homogêneo. Caso o molho desande, com a manteiga derretida transformada em pedaços no meio do líquido, basta colocar em outra panela uma colher (de sopa) de água, levar ao fogo brando e ir juntando aos poucos o molho desandado, batendo sempre. O batedor deve ser de arame, em forma de pêra (fouet).

4. Misturar o sal, a pimenta, as gotas de limão, a salsinha picada e levar o molho imediatamente à mesa. O tempo de preparo é de dez minutos. Depois de pronto, o molho não deve ser aquecido ou levado à geladeira.

rendimento: 4 porções

Obs: nem ouse pensar em margarina porque JAMAIS dará certo e você será condenado ao inferno culinário.

Quando for separar as gemas das claras, tenha o cuidado de tirar da gema as calazas, que são aqueles rabichos esbranquiçados que parecem o "cordão umbilical" do ovo.

Se você não tem panela específica para banho-maria (quase ninguém tem), coloque uma tigela esmaltada, de vidro ou aço inox em cima de uma panela com pouca água, sem deixar que a água da panela toque o fundo da tigela.

Existe até uma síndrome chamada "Síndrome da Sauce Bernaise". A SSB é uma condição clínica em que a pessoa passa mal só de sentir o gosto, cheiro ou de simplesmente pensar em determinada comida por causa de um evento anterior em que ficou doente depois de consumi-lo. Não é à toa que a Síndrome foi batizada com o nome do molho. Por isso, use sempre ingredientes extra frescos e da mais alta qualidade, espere os termômetros baixarem e só coma Sauce Bernaise em lugares acima de qualquer suspeita.

MANTEIGA CLARIFICADA

Manteiga clarificada é uma das importantes bases da culinária clássica. Clarificar a manteiga significa separar a gordura (de coloração amarela) dos sólidos e líquidos incorporados durante o preparo da manteiga. Entre eles, sôro de leite e água responsáveis por “queimar” a manteiga com mais facilidade. A manteiga clarificada é a gordura pura e permite que os alimentos sejam dourados em temperaturas maiores.

Para clarificar a manteiga deve-se colocar 200 g de manteiga em uma pequena panela, levar ao fogo baixíssimo até que a manteiga derreta totalmente. Retirar e despejar em um recipiente de vidro (pode ser uma pequena jarra). Deixar a manteiga em repouso por 30 minutos. Ela ficará dividida em 3 partes: no fundo um líquido branco, no centro a gordura pura e amarelada e na superfície espuma branca. Retirar a espuma da superfície com uma colher e descartar. Transferir lentamente a manteiga para outro recipiente tendo o cuidado de não deixar os sólidos brancos do fundo se misturarem à gordura amarela. Assim que terminar de despejar a gordura, eliminar o que restou de sólidos.


Receita Zela Brum.

Importante, esse molho para acompanhar qualquer que seja o prato, com carnes ou peixes, escolha um vinho mais forte e encorpado.

Jantar no Moranga, Tabali Reseva Cabernet Sauvignon 2007

Dia 14 de abril de 2010 com Hipólito Luis e Sérgio Gasques, após o lançamento da nova Carta de Vinhos digital do Boi Preto e uma vista rápida a vários restaurantes como: Cabaña del Primo, Cantina Caravaggio, Geppos, Misaki, D'Abelle Bistrô. Onde a Grand Cru já está ou estará presente com excelência em suas cartas, fomos ao Moranga terminar o dia de trabalho. Boa gastronomia, ambiente agradável, diferente e bons vinhos, resultado: excelente jantar. Não tem erro, o Moranga tem de estar presente na lista dos melhores restaurante de Fortaleza.

Roberto Markan, proprietário do restaurante, meu amigo e que venho acompanhando sua trajetória de sucesso a quase dez anos, nos recepcionou primorosamente bem. Começamos com um Nocturno Brut Rosé, com mais corpo que o Nocturno Brut branco, mas com as mesmas característica de muito frutado e equilibrado. Muito fácil de beber e ideal para degustar com entradas ou mesmos em uma conversa com os amigos.

Vai a dica, e que não consta no cardápio, mas com conheço o restaurante e alguns de seus segredos, não deixem de pedir o Chateaubriant ao molho de Sause béarnaise. Até mesmo o viajado Sérgio, se deslumbrou com tamanha delicadeza do prato. Para acompanhar pedi Tabali Cabernet Sauvignon 2007, vinho de cor rubi intenso muito concentrado e escuro, com aromas fortes de chocolate e caramelo. Sabor marcante e potente com taninos maduros e muito persistente. Ideal para acompanhar pratos como esse, uma carne mal passada com um molho cremoso.

Vinho Tabali Reserva Cabernet Sauvignon 2007
Tipo de Vinho: Tinto
Região Produtora: Valle de Limarí
Garrafa: 750ml
Safra: 2007
Maturação: Madeira
Uva: 100% Cabernet Sauvignon
Álcool: 14.5% Vol
Corpo: Encorpado
Temperatura de Serviço: 18º

Lançamento da nova Carta Digital no Boi Preto.

Foi  com Inovação e ousadia que o Grupo Boi Preto, comandado por Darcy aqui em Fortaleza, inaugurou o primeiro serviço de carta de vinhos digital online em nosso estado.

Estavam presente: Sergio Gasques, Hipolito Luiz e Eu.

www.cvinhosboipretoce.com.br/

Almoço no Fagulha, com Sérgio Gasques,diretor da Grand Cru, América Latina.

Em visita a Fortaleza, Sérgio Gasques veio acompanhar o andamento da nova loja Grand Cru e o trabalho de On Trade e Off Trade que já vem sendo realizado desde dezembro de 2009, pela Franec-Brava Bebidas.

Pedimos de entrada o famoso Tigrado, eu particularmente pulo a parte da salada quando vou apreciar algum vinho ou nesse caso um espumante, pois o vinagre ou aceto balsâmico podem comprometer as características do vinho ao até mesmo do espumante. Começamos com um Nocturno Brut, bem gelado e servido por Juvenal Coelho, sommelier e gerente do Fagulha. O Espumante acompanhou muito bem ao Tigrado e pequenas lascas de Salmão e Sirigado que nos foram servidos.

Na hora de iniciar com as carnes, ficou a feliz tarefa de escolher o vinho, para o experiente executivo da Grand Cru. Ele escolheu um Familia Gascon Malbec 2008. Não preciso nem dizer que um Malbec argentino para acompanhar carnes realmente é uma excelente escolha.

Minha dica: por mais que gostem de Picanha primeiro corte, eu sugiro Bife Ancho e de outros cortes. Também não se esqueçam da Fraldinha. Muito boa!

Vinho Familia Gascon 2008
Pais: Chile
Região Produtora: Mendoza
Garrafa: 750ml
Safra: 2008
Maturação: Madeira
Uva: Malbec
Álcool: 13,7 % Vol
Corpo: Encorpado
Temperatura de Serviço: 18°C

Estávamos: Miltom Carneiro, Marcelo Braga, Hipolito Luiz, Sérgio Gasques e Eu.

Nova loja Grand Cru que será inaugurada na proeminente região enogastronômica nos arredores da Av. Virgilio Távora e da Rua. Professor dias da Rocha, mais precisamente no Pátio Meireles. Av. Senador Virgílio Távora, 665. Loja 01.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Almoço no Soho, os primeiros Undurraga.

Dia 13 de Abril de 2010: Almoço no restaurante Soho.

Outro restaurante de comida oriental contemporânea que é muito bom, o SOHO, assim optamos por um almoço executivo com qualidade,bom gosto e preço justo. Tudo em um ambiente diferenciado.
Como não podia faltar, eu, Miltom Carneiro e Hipólito Luis tomamos excelentes vinhos. Começamos com o Undurraga Gwzüstraminer 2009. Este foi harmonizando com robatas de peixe branco, ou seja Sirigado, acompanhado de arroz yakimeshi, cebola, batatinha e brócolis. O ponto alto do almoço foi com Undurraga Late Harvest com o Colegial Soho, taça de sorvete de creme com "waffers" de harumaki de maçã, um espetáculo.

Tipo de Vinho: Branco
Pais: Chile
Região Produtora: Vale Central
Garrafa: 750ml
Safra: 2009
Uva: Gewürztraminer
Álcool: 12,5 % Vol
Corpo: Leve
Temperatura de Serviço: 12 a 14°C

Misaki, almoço de sexta com amigos e um bom vinho.

Morandé Pionero Cabernet / Syrah Rosé 2008 no Restaurante Misaki, dia 09 de abril de 2010.

Nesse dia eu estava na companhia de Marcelo Braga e Ivo Machado, amigos de colégio (7 de Setembro). Escolhemos este restaurante devido a excelente localização (Shopping Jardins Open Mall) e por se tratar de um excelente restaurante oriental contemporâneo que conta com uma culinária a base de peixes e frutos do mar bem diferenciada e exclusiva. Pedimos de entrada um Tataki, que na verdade é quase um sashimi, mas é levado rapidamente ao forno. Como prato principal pedimos um combinado Misaki, que vem uma variedade de sushis e sashimis especiais, que serviu e harmonizou muito bem com o vinho escolhido (Morandé Pioneiro Cabernet e Syrah Rosé 2008). Como prato principal escolhi um filhote com crosta de coco. Esse peixe é raro aqui em Fortaleza. Trata-se de um peixe de água doce muito comum da região Norte, principalmente Pará. Meu prato preferido é este.Ele acompanha Nirá e arroz de ameixa. O vinho tem pouco de acidez marcante, ligeiramente doce e refrescante, perfeito para acompanhar comida japonesa.
Vinho Morandé Pionero Cabernet Syrah Rosé
Tipo de Vinho: Rosé
Pais: Chile
Região Produtora: Vale Central
Garrafa: 750ml
Safra: 2008
Uva: 50% Syrah e 50% Cabernet Sauvignon
Álcool: 13,20% Vol
Corpo: Leve
Temperatura de Serviço: 12 a 16°C

Parabéns ao Crica e ao Deda (proprietários) e a toda equipe do Grupo Geppos por este novo restaurante. Aproveito para agradecer pela recente honraria de ter sido eleito "a Brava Bebidas" com um dos cinco melhores fornecedores do grupo no ano de 2009.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Boa notícia para Importadores e Distribuidores.

Mantega confirma adoção de selo fiscal para o vinho.

PORTO ALEGRE - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou hoje a adoção de um selo fiscal para o vinho, que era reivindicado por fabricantes como forma de inibir a informalidade no setor. Mantega explicou que o selo será produzido pela Casa da Moeda e aplicado às garrafas do produto. O ministro estimou que, dentro de aproximadamente dois meses, o selo poderá estar pronto e sua adoção começará ainda este ano.

O anúncio foi feito pelo ministro durante palestra a cerca de 200 empresários e dirigentes na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). A presidente do Sindicato da Indústria do Vinho (Sindivinho), Cristiane Passarin, avaliou que a medida vai reduzir a concorrência desleal dos produtos que não pagam impostos. O selo não tem a concordância de todos os fabricantes. Os produtores artesanais temem não preencher os requisitos para conquistar o selo, que será aplicado à bebida produzida no País e à importada.

A presidente do Sindivinho disse que o selo não irá aumentar os custos dos fabricantes. A carga tributária do setor permanecerá igual e eles poderão se creditar do valor do selo no pagamento de PIS/Cofins. O custo de aplicação da etiqueta deve ficar em R$ 0,02 por garrafa. Já os produtores de uva avaliam que o controle permitido pelo selo irá aumentar a venda de vinhos produzidos e comercializados regularmente.

Fonte:
Jornal O Estado de S. Paulo.
Sandra Hahan, Agencia Estado, 08/04/2010.

Chile, restaurante House of Morandé.

House of Morandé

Se você conhece e gosta dos vinhos Morandé, quando estiver no Chile não deixe de visitar a House of Morandé. Almoçar em seu belíssimo restaurante, que tem vista para os vinhedos é imperdível. Até aí, algo relativamente comum nas vinícolas que possuem restaurante lá no Chile. A diferença do restaurante da Morandé é que o cardápio é único por dia. São servidos quatro pratos que são harmonizados com quatro vinhos da casa. É uma aula sobre os vinhos, sobre gastronomia e de presente, uma ótima aula sobre harmonização. Cada prato é servido impecavelmente pelos garçons que também nos dão uma breve explicação tanto dos ingredientes quanto da harmonização que é feita. Em caso de dúvidas sobre os vinhos, eles estão preparados para responder também.

A vinícola situa-se no vale de Casablanca, que fica na estrada que vai de Santiago a Valparaíso. O lugar conta ainda com a venda de vinhos e com a possibilidade de se visitar os vinhedos. Se você estiver passeando pelo Chile e por Santiago, vale uma esticada até lá para almoçar. O cardápio harmonizado custa em torno de 65 reais, o que é um excelente preço para a sua qualidade. Uma dica de um bom vinho deles: Edição Limitada Carmenère. Um bom vinho, estruturado, aromático e fácil de beber.
Todos os vinhos da Viña Morandé, você encontra na Brava Bebidas e nas melhores casas e restaurantes.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Confraternização ACAV.

ASSOCIAÇÃO CEARENSE DOS AMIGOS DO VINHO- ACAV

LXXXIII - 25.MARÇO.2010 - Churrascaria Sal & Brasa

RESULTADO OFICIAL LXXXIII CONFRATERNIZAÇÃO ACAV


QUINTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2010
CHURRASCARIA SAL E BRASA FORTALEZA
Avenida Abolição, N.°3500 - MEIRELES
Fone: 85 3261 8888
http://churrascariasalebrasa.com.br/


RESULTADO OFICIAL

1.° LUGAR

RAR - BODAS DE OURO
Cabernet Sauvignon e Merlot
MUITOS CAPÕES/RS - BRASIL/2004
89 PONTOS $$
ELEITO COMO MELHOR VINHO: 10 DAS 18 AVALIAÇÕES
Amostra "às cegas" n.º 1

Fornecedor Brava


2.° LUGAR

ARDOSINO
Tinta Barroca, Tinta Roriz e Touriga Franca
DOURO – PORTUGAL / 2004
88 PONTOS - $$$$
ELEITO COMO MELHOR VINHO: 04 DAS 18 AVALIAÇÕES
Amostra "às cegas" n.º 3

Fornecedor World Wine


3.° LUGAR

MOMA RUBICONE IGT
Cabernet Sauvignon, Merlot e Sangiovese
EMILIA ROMAGNA - ITÁLIA / 2006
87 PONTOS - $$$
ELEITO COMO MELHOR VINHO: 04 DAS 18 AVALIAÇÕES
Amostra "às cegas" n.º 2

Fornecedor World Wine

Tabela de Safras

Tabela de Safras.

Em geral  para os melhores e respeitados produtores, e principalmente, seus grandes vinhos são mais influenciados pelos efeitos das safras boas e ótimas (que em geral, não são produzidos nos anos difíceis, melhorando a qualidade dos outros vinhos da casa), enquanto os demais vinhos que se encontra entre as categorias mais simples e os top's de cada produtor costumam ter qualidade mais estável. Para os vinhos do dia a dia e elaborados por bons produtores, a safra não é tão relevante, mas tem sim um peso em seus melhores vinhos. Para os produtores de menor qualidade, no entanto, as safras difíceis têm um impacto mais negativo.

Como é praticamente impossível saber como foi a safra de cada ano em cada uma das diversas regiões vinícolas do mundo. Uma tabela de safras é algo muito útil na hora de escolher e abrir uma garrafa de vinho.
 
 Segue abaixo uma tabela de safras.


Pesquisa em diversas fontes,entre elas Revista Adega, Mistral, Grand Cru, Parker, Wine Spectator, Gambero Rosso, Halliday, ABE, Peñin, Miolo e Salton.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Cantina di Napoli, com Paleta de cordeiro e Nederburg Shirraz 2007.

Cantina di Napoli

Para finalizar o dia de comemorações levando o filho de 1 ano que não sossega, optamos pelo Cantina di Napoli. Enquanto as crianças brincam, podemos comer traquilamente e neste dia pedi um Palette de Agnello al forno, ou seja paleta de cordeiro mamão marinado ao vinho tinto e levado ao forno, acompanhado de risoto de hortelã.

O vinho, escolhi primeiro a Uva, a melhor harmonia com cordeiro seria a Syrah ou Shirraz. Optei por um excelente expoente Sul Africano, Nederburg Shirraz 2007. Todos na mesa se imprecionaram com a maciez dos taninos, vinho muito agradável e fácil de beber, tão fácil consumimos 4 garrafas.

Lá tivemos o atendimento especial do melhor somellier trabalhando hoje em Fortaleza, Roberto Rufino e toda sua equipe de garçons treinada por ele.

Obs: a vinícula Nederburg é a patrocinadora oficial da copa do mundo de 2010, na Africa do Sul.


Vinho Nederburg Shirraz 2007
Tipo de Vinho: Tinto
Região Produtora: Paarl
Garrafa: 750ml
Safra: 2007
Maturação: Madeira
Uva: Shiraz
Álcool: 14,00% Vol
Corpo: Médio
Temperatura de Serviço: 12 a 16°C

Resataurante Oui Bistrô, almoço com Loios branco 2008.

Com certeza um dos melhores restaurantes de Fortaleza. Fui comemorar meu aniversário com meu sócio e amigo Marcelo Braga. Para a entrada nos surpreendemos com uma espetacular entrada com anéis de lula crocantes com carpaccio de palmito. Muito bom! Para acompanhar, pedimos um vinho português, mais um deste grande enólogo Português, João Portugal Ramos, o Loios branco. Vinho harmonioso e delicado com frescor e uma maciez marcante. Leve acidez que ficou atrás dos sabores frutados.

Dentre os pratos principais, pedi um Carré de tambaqui acompanhado de arroz negro com molho de Tamarindo, que na minha opinião não foi a escolha perfeita para o vinho, pois o molho caramelizado de Tamarindo, passou e muito da delicadeza do vinho, mas fica a dica, o prato é delicioso e pede um vinho mais complexo, como o Leyda reserve Chardonnay, que está na carta,. Meu amigo Marcelo pediu um filé de badejo ao provence de camarões. Ele elogiou demais e por se tratar de um prato mais leve, sua escolha foi mais feliz para acompanhar o vinho.
Como sobremesa, a pirâmide de chocolate.

Vinho Loios 2008
Tipo de Vinho: Branco
Origem: Portugal
Produtor: João Portugal Ramos
Região Produtora: Alentejo
Volume: 750ml
Safra: 2008
Uva: Rabo de Ovelha e Roupeiro
Graduação Alcoólica: 12.5%

Obs: As uvas são colhidas apenas de manhã, em pequenas caixas. A fermentação decorre em cubas de inox com controle de temperatura.

Restaurante LÔ, com vinho Marquês de Borba 2008

Hoje, 07 de abril de 2010, eu e minha esposa escolhemos o maravilhoso restaurante LÔ para comemorarmos. Tomamos um, Marques de Borba 2008, vinho português do enólogo João Portugal Ramos, com personalidade bem européia, delicado e complexo, com aromas marcantes de frutas vermelhas e pouco de Cassis, na boca extremamente Harmonioso, com taninos muito bem domados e com uma acidez própria de um bom português.

Para acompanhar escolhi um filé ao Ragu, com cogumelos e acompanhado de fettutine, que hamoniozou bem. Minha esposa escolheu uma marinada. Ambos os pratos estavam perfeitos.
Ao final uma surpresa, Agustin Herrero proprietário do restaurante, e meu amigo, chega com uma saborosa sobremesa de chocolate meio amargo com chantily e sorvete, com uma vela acesa e cantando parabéns juntamente com alguns garçons. Agustin como sempre muito gentil. No LÔ é assim, todos que são clientes e que conhecem Augustin e Cecília sabem do que estou falando.


Vinho Marquês de Borba
Tipo de Vinho: Tinto
Região Produtora: Alentejo/Estremoz
Garrafa: 750ml
Safra: 2008
Maturação: Madeira
Uva: Trincadeira, Alicante Boushet, Cabernet Sauvignon e Merlot
Álcool: 13.5% Vol
Corpo: Encorpado
Temperatura de Serviço: 16º a 18º

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Filipa Pato e seu Ensaio Tinto, 2008

Filipa Pato

Faz vinho, e bem, de uma maneira lúdica e lúcida é Filipa Pato, filha do conhecido produtor bairradino Luís Pato. Ela criou uma linha de produtos sob a denominação Ensaios FP. Formada em engenharia química e com 29 anos, além de ter nascido no meio dos vinhos, preocupou-se em fazer produtivos estágios na Austrália, Bordéus e Argentina. Desde 2001, elabora vinhos com o seu nome, plenos de carácter e a preços excelentes. O seu mais recente Ensaio é este espumante 3b Brut ( que significa que foi produzido a partir das castas Bical, Baga e Bairrada), feito 70% com a casta tinta Baga, que teve um leve estágio em madeira, e a restante proporção é da casta branca Bical. O resultado é um espumante ligeiramente rosado, com sérios alicerces e um potencial de envelhecimento.

Luís Pato levou a cabo um grande valor de divulgação e modernização da imagem da Bairrada, dentro e fora de Portugal, com uma consistente qualidade. A sua filha Filipa, vai fazendo os seus Ensaios com ori-ginalidade, coerência, uma imagem moderna e de extremo bom gosto e com um forte sentido de responsabilidade pelo nome que representa.

Filipa Pato Ensaios Tinto, 2008. Esse eu tomei, na casa de meu cunhado e amigo Milton Studart  e amigos, no Porto das Dunas nesse feriado de Semana Santa acompanhado de muita carne e feijoada.

Um tinto muito bem estruturado e encorpado, feito com um corte de Touriga Nacional, Alfrocheiro Preto e Baga. De coloração rubi escuro, com aromas de frutas negras, tem taninos presentes e boa acidez para acompanhar uma refeição, essa acidez lhe conferiu uma excelente escolha para acompanhar uma feijoada. No final de boca tem um sabor levemente abaunilhado, que deve ser fruto de envelhecimento em madeira. Foi interessante observar que no final de boca também deixa uma leve impressão (leve mesmo) de 'frisante', algo típico da Baga e de muitos vinhos portugeses, coisa bem leve mas que para mim torna essa uva muito peculiar assim como os vinhos portugueses.

Produtor: Filipa Pato
País: PORTUGAL
Região: Bairrada e Dão
Safra: 2008
Volume: 750 ml
Uva: Touriga Nacional 40%, Alfrocheiro Preto 40% e Baga 20%.
Álcool: 14.00%

Na Brava por R$ 57,00

Não existe enochato. Existe chato, e ponto.

Não existe enochato. Existe chato, e ponto.
Ouço às vezes pessoas se queixando de outras que seriam os “enochatos”. Acho ruim esta designação, porque ela em geral supõe que uma pessoa que aprecia intensamente vinhos, estuda os vinhos, procura identificar suas características e qualidades, seria um chato. Seria o mesmo que dizer que alguém que ama cinema, que procura saber tudo so-bre esta arte, que assiste a filmes atento a cada detalhe de ilumina-ção, ritmo, atuação, que recorda cenas e falas inteiras, seria um chato, um “cinechato”!

Absurdo. O que faz uma pessoa chata não é ser fanática por vinhos ou cinema. O que faz uma pessoa chata é que ela é... chata por natureza! Não é capaz de medir as palavras e as ações, ou de adequá-las ao ambiente, às pessoas, ao momento que tem à sua volta. Não é capaz de respeitar outros interesses, não é capaz de perceber, e respeitar, o outro.

Muita gente sente, sim, cheiro de estrebaria ou de piche ou de violeta ou de banana num vinho. Aromas produzidos por moléculas que, queiram ou não os céticos, estão ali, sim –existem fisicamente. Se uns sentem mais, outros menos, não é defeito nem de uns, nem de outros. Mas eles existem, talvez detectados erradamente às vezes, mas não sempre.

Como reconhecer o chato, com ou sem copo na mão

Será mesmo que alguém é chato por sentir sabores balsâmicos num vinho, ou travo de taninos? Absolutamente não. E se ele estiver entre enófilos, numa degustação, e trocar estas impressões com outras pessoas igualmente interessadas no assunto, será um chato inconveniente? Mais uma vez, lógico que não.

Mas ele será certamente um chato se:

- Quiser monopolizar a conversa à mesa, numa refeição de família em que muitos estão tomando refrigerante, outros estão tomando vinho sem compromisso, outros são alcoólatras tentando se reabilitar e querem evitar o assunto --, mas todos terão que ouvir por horas a descrição detalhada de cada gole dado pelo chato.

- Durante uma festa, em que há interesses e conversas variadas, obrigar todo mundo a meter o nariz na taça dele para confirmar como realmente tudo o que ele está dizendo é verdade.

- No meio do jogo, quando o Robinho está prestes a fazer um gol de letra em sua reestreia pelo Santos, postar-se diante da TV para anunciar, como se fosse a cura do câncer, que ele descobriu um novo aroma que só se desenvolveu no copo agora, meia hora depois de aberta a garrafa.

E por aí vai. Mas veja bem: supondo que este mesmo chato seja proibido de falar de vinho; você acha que ele deixaria de ser inconveniente? Duvido. Ele deve ter algum outro assunto que ache interessante, nem que sejam as novas e excitantes promoções no escritório em que trabalha. E você acha que ele vai deixar alguém almoçar em paz, beber em paz, assistir ao futebol em paz, sem contar detalhes de como aquela assistente enganou aquele chefe (na cama, certamente) para conseguir um cargo que nem merecia etc. etc.??

Vejo que frequentemente, ao se referir a um amante do vinho como enochato, muita gente está se referindo ao fato dele dominar certa área do conhecimento (os vinhos) mais do que as outras pessoas, e que isso provoca desconforto. Como resultado, incentiva-se uma generalização perigosa: a ideia de que o conhecimento, a expertise, o aprofundamento em um tema seriam coisas de chato.

Em outras palavras, dissemina-se a cultura da ignorância: as pessoas não devem conhecer muito. Basta achar um vinho gostoso, um filme divertido, e chega. Nada de pensar, analisar, discutir.

Vamos com calma. O elogio da ignorância sim é uma chatice. E perigosa.

Achei interessante essa identificação, no Blog do Josimar que aprensenta o Programa O Guia, no National Geographic Channel.

Semana Santa com Vinhos e Bacalhau.

Bacalhau e o vinho? Só não foi de Portugal.

O bacalhau é muito exigente e controverso, mas aceita a companhia de muitos vinhos brancos, tintos e rosados bem escolhidos. Eu pessoalmente, prefiro um bom branco encorpado, de preferência com uma boa passagem por madeira e da uva Chardonnay, minha dica é: VINHO CHILENO, LEYDA VINEYARD FALARIS CHARDONNAY 2007.

O tinto é mais complicado. Peixe, Sal e tanino não se dão bem, sendo comum aparecer um gosto metálico, de maresia. Os tintos mais frutados e leves, sem taninos acompanham corretamente várias receitas com esse peixe maravilhoso, ou seja como se diz em Portugal "Bacalhau não é peixe , Bacalhau é Bacalhau". Algumas uvas com essas caracteristicas de pouco tanino, ou seja, mais leves, são as uvas Pinot Noir ou Merlot, esses se comportaram muito bem com o mesmo bacalhau na brasa, mas pedem algo mais complexo como um Bacalhau Entre Rios ou ao Vinho do Porto. Minha dica: uva Pinot Noir (VINHO DA NOVA ZELANDIA, ST. CLAIR VICARS CHOICE PINOT NOIR 2007 ), uva Merlot (VINHO NACIONAL, SALTON DEJESO MERLOT 2004), esse último é considerado um dos melhores vinhos da uva Merlot produzidos na Serra Gaúcha nos últimos anos e essa safra está na hora certa de se aberta.

Os roses podem ir muito bem tanto com os pratos mais leves como também com os mais complexos, mas serão, em minha opinião, como coringas, dão certo com todos. Embora não valorizem o melhor de cada prato, elas também não o estragam, mesmo porque devem ser abertos em temperaturas mais baixas como 8 a 12 graus, o que inibe as papilas gustativas. Minha dica: VINHO ARGENTINO SUSANA BALBO CRIOS MALBEC 2006. O detalhe para os vinhos roses são que eles harmonizam extremamente bem com o nosso clima quente.

Bons vinhos.